domingo, 30 de agosto de 2009

QUEM SOMOS NÓS?

Ontem vi um homem pedindo esmola
Meu Deus! aquilo era um homem
Pena?
Não mesmo
Tristeza?
Talvez
Angústia?
Sim
Raiva?
Com certeza
Grita dentro de mim o desespero dos perdidos
Chora na minha alma a aflição dos injustiçados
Tu não sabes nem percebes a loucura dos poderosos
Nem desejas descobrí-la
Não pretendes mergulhar nas ondas insondáveis do inconsciente
Teu ego não permite
Teu superego te condena
Tu não sabes a condenação sofrida por aqueles
Nem almejas transcender o terror imposto
Que mesmo imposto é intrínseco
Que mesmo intrínseco muitos lutam contra
Estando aqui não sei o que nos aguarda
O que sentimos só depende de nós mesmos
O que nós somos vai além do entendimento
O que sentimos e o que somos
Como uma incrível guerra nos consome
Nos abate e nos deprime
Pela contradição etérea da mente
Não enxergo o fim de tamanho sofrimento
Não vejo solução para esse esquecimento
E por mais que eu queira
Não encontro a mim mesmo
E com tantos desencontros anseio
O remédio para todos os medos...

2 comentários:

  1. poesia temperada c/ angústia sempre fica c/ um sabor incômodo mas legal, wallace!

    aproveitei a visita e incluí seu blog na lista do pavablog#. =)

    big abraço

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  2. peculiar... muito bom!! tem certeza que vc não quer a área de humanas?? rsrsrs

    Bjs,
    Lílian

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