Ontem vi um homem pedindo esmola
Meu Deus! aquilo era um homem
Pena?
Não mesmo
Tristeza?
Talvez
Angústia?
Sim
Raiva?
Com certeza
Grita dentro de mim o desespero dos perdidos
Chora na minha alma a aflição dos injustiçados
Tu não sabes nem percebes a loucura dos poderosos
Nem desejas descobrí-la
Não pretendes mergulhar nas ondas insondáveis do inconsciente
Teu ego não permite
Teu superego te condena
Tu não sabes a condenação sofrida por aqueles
Nem almejas transcender o terror imposto
Que mesmo imposto é intrínseco
Que mesmo intrínseco muitos lutam contra
Estando aqui não sei o que nos aguarda
O que sentimos só depende de nós mesmos
O que nós somos vai além do entendimento
O que sentimos e o que somos
Como uma incrível guerra nos consome
Nos abate e nos deprime
Pela contradição etérea da mente
Não enxergo o fim de tamanho sofrimento
Não vejo solução para esse esquecimento
E por mais que eu queira
Não encontro a mim mesmo
E com tantos desencontros anseio
O remédio para todos os medos...
poesia temperada c/ angústia sempre fica c/ um sabor incômodo mas legal, wallace!
ResponderExcluiraproveitei a visita e incluí seu blog na lista do pavablog#. =)
big abraço
peculiar... muito bom!! tem certeza que vc não quer a área de humanas?? rsrsrs
ResponderExcluirBjs,
Lílian