segunda-feira, 27 de abril de 2009

SONETO DA PAIXÃO

És o céu, as estrelas
És o vazio da tristeza
Corro, corres, direita, esquerda
Estou parado, estagnado na incerteza
Certo de que te quero
Incerto o amor
Sei, mesmo assim me desespero
Dúvida da certeza da dor
Quando estarás aqui?
Quando chegarás a partir?
Se me apresso, espero por ti
Fiz, desfiz, insisti
Larguei, recuperei, entreguei
Odiei, desejei, amei

A GRANDE PEQUENA PEDRA

Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
Era grande, mas não tão grande assim
Saí da calçada pra me desviar da pedra
Fui atropelado
Antes tivesse encarado a pedra
E só ter dado uma topada