terça-feira, 17 de novembro de 2009

VIVER(:), SONHAR, SENTIR

Hoje é meu aniversário. Parabéns para mim. Lembro-me de que agora me resta um ano a menos. Lembro-me, também, de todos os momentos que se passaram, simplesmente. Lembro-me de todos os momentos em que tive medo. Medo das respostas, medo dos riscos, medo de mim mesmo, medo de que a vida se tornasse lúgubre demais antes das minhas realizações. Tinha medo de viver, mas viver na sua plenitude. O tempo é como uma lança que nos atravessa e leva consigo o fôlego renovador de vida que há em viver, mas ele pode se tornar a nossa passagem às estrelas quando não nos permitimos ao desperdício. Muitas lembranças felizes também rodeiam os meus pensamentos. Já fui às estrelas algumas vezes, mas o medo da solidão do espaço me fez voltar, pois nunca fui com quem eu queria estar.

Mesmo assim, não tenho o direito de reclamar da minha vida. Apesar dos arrependimentos, fui (e sou) cercado por amor, proveniente de uma família atenciosa e carinhosa, que tem suas dificuldades, passa por situações adversas, mas nunca deixa de acreditar que eu posso ter um futuro e uma vida melhor do que eles um dia imaginaram que teriam. Por isso agradeço a papai, por todas as vezes que ele colocou a língua para fora, assim entre os dentes, e ameaçou me dar uns tapas, mas nunca teve coragem para fazê-lo, pois me amava demais. Também a mamãe, pois nunca precisou colocar a língua para fora para me dar uma surra santa, ela fazia e ponto. Sem rodeios, sem remorso. As havaianas de casa não eram de pau, mas eram voadoras. Não adiantava eu correr pela casa, as havaianas vinham atrás de mim. Mamãe nunca deu ponto sem nó. Se hoje sou o homem que sou, sei discernir o certo e o errado, consigo pensar antes de agir (mesmo que fazer isso sempre seja impossível), devo isso à minha criação, às surras que mamãe me deu e às horas e horas que papai ficava falando e falando quando eu fazia algo errado (era pior que uma surra). Agradeço a Deus por colocar na minha vida uma família como essa.

Tenho também algumas saudades. Meus avós que partiram, meus amigos que já não tenho contato, minha cidade da infância. A saudade às vezes me faz querer desistir, mas sei que tudo tem uma razão para acontecer e um sentido em existir.

Devido a tudo isso, hoje eu me permito voar. Quero que os anos que virão sejam os melhores que eu já tive. Quero não só alcançar as estrelas, mas que elas sejam minha moradia. Quero viver com riscos e sem medos. Quero sonhar com o melhor, com ela nos meus braços. Quero experimentar os sentimentos da vida, e não só passar por ela. Quero a felicidade.

5 comentários:

  1. Olá Wallace!

    Uma alegria conhecer seu blog. O Deus de toda sabedoria lhe inspire mais e mais para produzir belos textos!

    Medite no Salmo 36.8,9

    um abraço, Marcelo Oliveira

    Visite: http://davarelohim.blogspot.com/

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  2. Olá, Wallace, tudo na paz????
    Creio que vc deixou escapar alguma coisa no sentido da primeira frase do post, pois eu coloco que acho uma cegueira quem diz que não se arrepende de nada!
    Dá uma olhada lá.
    Beijo, fica na paz!!!

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  3. Olha, muito bom o contexto do seu blog!
    gostei mesmo e por isso volto mais, até o visual impacta.

    abraço e te seguirei aqui!

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  4. E aí, meu irmão? Graça e paz!
    A mudança do Google bagunçou alguma coisa no seu quadro de seguidores??
    Se souber de alguma novidade, por favor, me passe.
    Um abração.

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  5. isso que a gente recebe após anos e anos de amizade...isso que a gente recebe após enxugar as lágrimas de um amigo que(quase sempre) é chato... Obrigada por ser lembrada em seu texto, heeeim ¬¬...
    kkk... zoa.... eu sei que não sou tão importante assim.... foi mal, heeeim... quando vc vier tbm querendo me contar as fofocas de sua vida eu vou colocar algodão nos ouvidos! rum!!!! e não vou colocar meu nome aqui, pq vc sabe quem eu sou...sua amiga mais linda ^^

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