sábado, 10 de outubro de 2009

ESPERANÇA NO TEMPO

Hoje eu quero falar de rosas, do céu azul e do mar
Porém mais do que falar queria tocá-la, vê-la, sentí-la
Mas ela não está aqui
Não há ninguém aqui
Eu procuro na escuridão por um alguém
Mas minha escuridão me faz apalpar o nada
Enxergar o vazio
Ou não enxergar a final de contas

Cansa-me o fardo de procurar
Consome o meu ser o fardo de esperar
Espero um amor
A noite é fria
Espero um calor

Tristeza é mais do que sentimento
É uma estaca
Amor é mais do que sofrimento
É uma dádiva
Mas o tempo é pungente
E a noite demora-se em sua existência
Trazendo consigo toda a amargura
De um dia terminado
Sem que se tenha realmente amado

Desejo tirar a estaca encravada em meu peito
Desejo ganhar a dádiva maior e o alento
De ter ao menos uma vez ainda durante o dia
Que o tempo há de trazer de volta
Num novo amanhecer acalentado pelo Sol
O poder de tocar e ver
Sentir e falar
Das rosas, do céu azul e do mar

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