sexta-feira, 30 de outubro de 2009

QUINTA-FEIRA MUSICAL #3

A música pela música, pelas artes e para você. Deleite-se!



A postagem está sendo feita na sexta, mas continua sendo quinta-feira musical.

Para quem gosta de música bem tocada, aconselho que se ouça jazz. Arranjos muito bem elaborados, com composições exóticas, coisas que não se veem em qualquer lugar. Marcus Miller, uma das minhas maiores referências como baixista que sou, é um desses que não impõem limites às suas criações. O baixo na mão dele parece um brinquedo na mão de uma criança. Sentimento à flor da pele. Excelente!

Não esqueçam de dar suas opiniões. Elas são de extrema importância para a melhoria deste blog.

sábado, 24 de outubro de 2009

MEU UNIVERSO

Meu céu hoje está sem estrelas
Meu sol se escondeu de mim
E a lua sucumbiu à dependência

Eu olho para o alto mas já não vejo
Onde perdi o ímpeto dos meus desejos
Meu planeta já não tem mais órbita
E minha angústia é como um universo vazio

Mas a noite em que estou acabará
Tua presença em minha vida conspirará
A fazer retornar ao meu céu
As estrelas, o Sol e o Luar
Cujas ausências fizeram-me esquecer
Da clareza que há em amar

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

QUINTA-FEIRA MUSICAL #2

A música pela música, pelas artes e para você. Deleite-se!



É impressionante como a música consegue transmitir sentimentos e despertar os nossos sem dizer sequer uma palavra. Herbie Hancock está aí para provar! Jazz clássico da melhor qualidade. Lindo!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

FELIZ CIDADE

Ultimamente, muitas indagações embaraçosas de ordem filosófica têm preenchido meus pensamentos. Ontem me ocorreu o seguinte: “o que é a felicidade?”. Pensamentos sem-vergonhas os meus! Como responder a isso? Recorri ao “pai dos inteligentes”, o Aurélio. Há três definições lá. Se nem o dicionário soube ter exatidão ao definir algo, quem sou eu para fazê-lo? Cheguei a uma conclusão simples, imaginável e até meio óbvia. A felicidade é indefinível e incomensurável até o momento em que a vivenciamos e cada um a vivencia de maneiras distintas, dependendo das suas realidades, ambições e expectativas.

Depois de formulada minha conclusão, comecei a refletir sobre a minha realidade, minhas ambições e minhas expectativas. Cheguei a uma outra conclusão: esses três aspectos são frutos do desfecho deles mesmos em épocas passadas. Comecei a lembrar-me então da minha infância. Naquele tempo, sim, era-se “feliz”. A minha realidade era uma eterna e infinda imaginação. Minha ambição era conseguir o máximo de bolas de gude que pudesse. Minha expectativa era que mamãe me deixasse uma hora a mais na minha brincadeira eternal. Hoje minha realidade é mais dura. Minhas ambições são mais árduas. Minhas expectativas parecem mais impossíveis.

Quando me deparo com a realidade em que vivo, lembro-me de uma das definições do Aurélio para felicidade: “bom êxito; êxito, sucesso”. Nesse momento eu me pergunto: “êxito em quê? E o que é sucesso?”. A vida é composta por tantas lutas e desafios - e temos tantos fracassos – que se torna difícil dizer que a felicidade é um estado permanente. Ela é apenas uma premiação sentimental intrapessoal. Um indivíduo se premia de alegria quando obtém êxito ou sucesso em suas investidas. Por isso, mais uma vez eu digo que era “feliz” na minha infância. Sempre quando eu era um pirata eu tinha êxito na minha missão. Quando eu era policial, nenhum bandido era páreo para mim. Quando eu era político, eu virava presidente muito rápido, acabava com toda a miséria e a pobreza, fazia reforma agrária, distribuía a renda e todos gostavam de mim. É perceptível que vivemos de um modo bem diferente de quando eu era uma criança se divertindo na cidade de Nova Iguaçu.

A política hoje é um pouco mais complicada do que uma brincadeira de criança. Conquanto ainda haja dinossauros no poder – e, para ele a política é uma brincadeira, pois faz os cidadãos de palhaços – fazer política é muito mais do que fazer dinheiro e construir imagem. Será que ele é feliz? Ora, está desde 1954 iserido na esfera política, já foi presidente e hoje é um senador presidente da câmara rico, com sua família muito bem empregada. Pode-se dizer que ele obteve êxito e que suas ambições e expectativas foram alcançadas, não importa a que custo. É exatamente esse o problema – não só dos políticos como de boa parte da população. Eu me pergunto se ele, bem como vários outros políticos, pode deitar-se à noite tranqüilo pelo dever cumprido daqueles que se dizem “pelo povo”. Questiono se realmente realizam o exercício pleno de sua função, que é trabalhar pelo bem-estar e interesse geral da população. O verdadeiro êxito e sucesso de um ser estão na satisfação do dever cumprido, do trabalho bem feito e não no crescimento pessoal da conta bancária e do prestígio social independente de quem se prejudique.

No Brasil, muita gente se prejudica por causa de algumas atitudes governamentais. Tenha-se em vista os números absurdos de miséria e fome que há em nosso país. Deixe, por um momento, sua ideologia de direita, esquerda, neoliberal, socialista, etc. de lado e julgue simplesmente se é justo uns terem tantas terras, tanto dinheiro, tanta comida para a família e para o poodle do apartamento enquanto há muitos que sobrevivem sem ter onde morar ou o que comer. É justa a “felicidade” à custa da tristeza de muitos outros?

Num mundo tão injusto e de constante degradação da espécie humana, creio que, fora o argumento dos religiosos (o mais coerente), não existe felicidade plena. Gostaria de voltar no tempo e resgatar a alegria de viver, esquecida naquela feliz cidade da minha infância, presente em algum lugar dentro de mim mesmo (e cada um tem a sua). É essa impossibilidade que faz a minha cidade ser como Atlântida, afundada pelas águas de egoísmo e pessimismo engendrados na sociedade.

sábado, 17 de outubro de 2009

MUDANÇAS FAZEM PARTE DA VIDA

Resolvi mudar tudo aqui no blog. Espero que tenham gostado e espero também continuar agradando aos leitores e seguidores. Espero também as suas opiniões sobre o que vê para que eu possa sempre melhorar.


Obrigado!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

QUINTA-FEIRA MUSICAL

A música pela música, pelas artes e para você. Deleite-se!




O Teatro Mágico é uma banda independente que mistura em suas músicas vários tipos de arte, como música, poesia e teatro. É desse tipo de coisa que o Brasil precisa, artistas que não têm limites ao explorar as suas capacidades artísticas. E que música maravilhosa! Harmonia perfeita, arranjos muito bem elaborados e uma letra poética, embutida de muitas metáforas e riqueza literária.

O Teatro Mágico senhoras e senhores, o primeiro participante dessa nova coluna do blog!
Não deixe de mostrar sua opinião.

sábado, 10 de outubro de 2009

ESPERANÇA NO TEMPO

Hoje eu quero falar de rosas, do céu azul e do mar
Porém mais do que falar queria tocá-la, vê-la, sentí-la
Mas ela não está aqui
Não há ninguém aqui
Eu procuro na escuridão por um alguém
Mas minha escuridão me faz apalpar o nada
Enxergar o vazio
Ou não enxergar a final de contas

Cansa-me o fardo de procurar
Consome o meu ser o fardo de esperar
Espero um amor
A noite é fria
Espero um calor

Tristeza é mais do que sentimento
É uma estaca
Amor é mais do que sofrimento
É uma dádiva
Mas o tempo é pungente
E a noite demora-se em sua existência
Trazendo consigo toda a amargura
De um dia terminado
Sem que se tenha realmente amado

Desejo tirar a estaca encravada em meu peito
Desejo ganhar a dádiva maior e o alento
De ter ao menos uma vez ainda durante o dia
Que o tempo há de trazer de volta
Num novo amanhecer acalentado pelo Sol
O poder de tocar e ver
Sentir e falar
Das rosas, do céu azul e do mar

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

POIS É...(2)

Sim, senhor! E a LAITE fica do outro lado!


O cara deve manter um PROSTÍBULO dentro de casa!

domingo, 4 de outubro de 2009

MINHA PRISÃO

Hoje não quero falar de rosas, do céu azul ou do mar
Hoje sequer eu quero falar
Encontro-me assim
Como um pássaro defronte a uma imensidão
Imensidão vazia, cheia de lamentações e saudades
Pois sua gaiola o torna cativo
Dos seus próprios medos, angústias e aflições

Amigos que se foram
A esperança deixada e não mais depositada
A desconfiança e a ameaça
A alegria esquecida
Em lugares onde ainda existia a felicidade
Onde ser simplesmente eu
Já bastava para ser o melhor de mim
O que deixei fora dessa clausura
É exatamente o que me encerra

A tristeza e a solidão refletidas nos meus olhos
Não são reflexo do que sou
Mas do que sinto quando não posso ser
Essa é a imensidão e por isso é vazia
Essas são as lamentações
E a saudade do que se desfez no decorrer dos anos
É o que me faz magoar
E não mais enxergar
A beleza das rosas, do céu azul ou do mar